Minha edificação é antiga, preciso regularizar mesmo assim?
- maiorinoengenharia
- 1 de out.
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Atualizado: há 3 dias
Muitos proprietários e síndicos acreditam que, por se tratar de edificações antigas, as exigências de regularização junto ao Corpo de Bombeiros não se aplicam. Mas essa é uma das confusões mais comuns e também uma das mais arriscadas.
A legislação de prevenção a incêndios é retroativa no que diz respeito à segurança da vida humana. Isso significa que toda edificação em funcionamento, independente da data de construção, precisa atender aos requisitos mínimos de segurança definidos pelas normas atuais.
Em outras palavras: o tempo de construção não é um argumento válido para deixar de se regularizar.

Por que imóveis antigos precisam se adaptar às normas atuais?
A legislação de combate a incêndio evoluiu justamente a partir de tragédias. Cada grande incêndio no país, seja em edifícios comerciais, boates ou condomínios, revelou falhas que levaram à criação de novas regras. Ignorar essas atualizações é permanecer vulnerável a riscos já conhecidos e evitáveis.
Além disso, o Corpo de Bombeiros exige a adequação de todas as edificações em uso, especialmente quando há:
Mudança de atividade (por exemplo, uma casa transformada em comércio);
Ampliação ou reforma do espaço;
Renovação de alvará de funcionamento;
Venda ou transferência de propriedade.
Mesmo que o imóvel tenha sido construído antes da criação das Instruções Técnicas, ele precisa garantir condições básicas de segurança, como extintores, sinalização, iluminação de emergência e rotas de fuga.
Os riscos de não se regularizar
Deixar de adequar um prédio antigo às normas de prevenção pode ter consequências sérias. Além de multas e interdições, o responsável técnico ou síndico pode ser civil e criminalmente responsabilizado em caso de sinistro.
Outro ponto importante é o seguro patrimonial: seguradoras podem negar a indenização se constatarem ausência de AVCB ou irregularidades nos sistemas de combate a incêndio.
Em resumo, a falta de regularização coloca em risco a vida, o patrimônio e a credibilidade do empreendimento.
Como funciona o processo de regularização de um imóvel antigo?
A regularização de uma edificação antiga exige avaliação técnica detalhada por um engenheiro especialista em segurança contra incêndio. O primeiro passo é a vistoria completa, onde são analisados:
Estrutura física do imóvel;
Existência (ou não) de sistemas de proteção já instalados;
Possibilidade de adaptação sem comprometer a edificação;
Exigências mínimas aplicáveis conforme a ocupação e metragem.
Com base nisso, o profissional elabora o Projeto de Sistema de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (SPPCI) ou o Memorial Simplificado, de acordo com o enquadramento definido pelo Corpo de Bombeiros. O objetivo é adequar o imóvel à legislação sem descaracterizar sua estrutura original, garantindo funcionalidade e segurança.
Adequações mais comuns em edificações antigas
Muitos imóveis antigos não possuem espaço ou infraestrutura para sistemas modernos. Por isso, o trabalho de engenharia é adaptar as exigências de forma viável e segura. Entre as intervenções mais frequentes estão:
Instalação de extintores e sinalização de emergência;
Implementação de iluminação autônoma em rotas de fuga;
Criação de rotas de evacuação ou saídas adicionais;
Instalação de alarme e detecção de fumaça;
Proteção passiva (como portas corta-fogo e compartimentações).
Essas medidas, quando bem planejadas, garantem a aprovação do Corpo de Bombeiros e a segurança real da estrutura.
Atualizar-se é preservar vidas e o seu patrimônio
Não existe “imóvel isento” de prevenção. Mesmo as construções mais antigas devem ser avaliadas e regularizadas conforme as exigências vigentes. Essa adequação não é apenas uma exigência burocrática, é uma questão de responsabilidade e proteção.
Com a orientação técnica da Maiorino Engenharia, é possível trazer sua edificação para dentro das normas sem desperdício de recursos, com soluções sob medida para cada tipo de estrutura.

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